quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Mensagem de Boas Festas

Boas Festas!! Feliz Ano Novo!!

domingo, 22 de novembro de 2015

Jequié encerra atividades do V CBPN no Dia da Consciência Negra

Mulheres homenageadas no V CBPN: Tereza Brito (notório saber), Mãe Lea
(candomblé), Eliete Freitas (educação quilombola), Marise de Santana
(academia) e Josildeth Gomes Consorte (homenagem especial)
Na última sexta-feira (20/11), o Dia da Consciência Negra foi marcado pelo encerramento da quinta edição do Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (V CBPN). O evento aconteceu durante uma semana no Campus da UESB, em Jequié, e recebeu mais de 900 inscrições. Isso incluiu as apresentações de trabalhos de toda a Bahia, de vários Estados brasileiros e também dos países da América Latina e do continente africano.
O Congresso foi realizado pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas (ODEERE) e pela Associação de Pesquisadores Negros da Bahia (APNB). De acordo com os organizadores, o V CBPN foi muito importante ao possibilitar a reunião e o debate de vários pesquisadores, que lidam com a temática relacionada à população negra e às relações étnicas. Sobretudo as políticas voltadas ao combate à discriminação e às desigualdades étnico-raciais, bem como a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que preconiza o uso dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e indígena, nos currículos da educação fundamental e básica.
Na oportunidade, o ODEERE/UESB, representado pela Profa. Dra. Marise de Santana, agradeceu a todos os presentes, à comunidade, à imprensa, aos colaboradores, aos professores, aos alunos e aos pesquisadores pelo acolhimento do Congresso e pela riqueza de produções apresentadas.
Para quem já conhece os eventos realizados pelo ODEERE, com certeza, não estranhou o volume de atividades formadas por 15 GTs, minicursos, oficinas, mostras teatrais e de vídeo/fotografia. Isso indica que, ao longo de uma década de fundação, o órgão tem sido importante para fortalecer as discussões e afirmar a identidade negra nas suas atividades de pesquisa, extensão e ensino. Isso tem sido reforçado com a recente implantação do Mestrado em Relações Étnicas e contemporaneidade (PPGREC).
As atividades do V CBPN foram iniciadas na segunda-feira (16), no auditório do Centro de Cultura ACM. Além das palestras e mostras teatrais realizadas pelos alunos da UESB também aconteceu uma apresentação musical com Mateus Aleluia – antigo integrante do grupo “Os Tincoãs”.
No último dia foi realizada uma solenidade em homenagem às mulheres, eleitas pelas comissões organizadoras, devido às contribuições nas atividades voltadas à cultura e educação afro-brasileiras de vários locais da Bahia: Tereza Rodrigues Brito (notório saber/Ibiassucê), Mãe Lea (candomblé/Gangogi), Eliete Freitas da Rocha (educação Quilombo Santo Inácio/Ibiassucê), Dra. Marise de Santana (academia/UESB) e Dra. Josildeth Gomes Consorte (homenagem especial/PUC-SP).
Em Jequié ainda aconteceu uma eleição para compor a nova diretoria da APNB e definir a nova sede do Congresso.
Foi eleita a chapa única, encabeçada pelo Prof. Nilo Rosa (UEFS) como presidente e da Profa. Maria Aparecida (UFSB) como vice-presidente. O local escolhido foi a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB/Porto Seguro) e o evento ocorrerá naquela instituição em 2017.
Diretoria da APNB, eleita para a gestão 2016-2017. Presidente
Prof. Nilo Rosa (primeiro a direita), vice Profa. Maria Aparecida -
UFSB (quinta pessoa ao centro)

Apresentação tradicional de cultura afro - Itagi


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Reportagem da Rádio Povo AM faz debate com palestrantes do V CBPN no Dia da Consciência Negra

Hoje (20/11) é o Dia da Consciência Negra. A data é celebrada em todo o país pela morte de Zumbi dos Palmares, marco da resistência negra, afrodescendente.
Anteriormente o negro era lembrado em 13 de maio, data em que se atribuía o crédito à corte portuguesa e aos intelectuais brasileiros pela assinatura da lei que preconizou a libertação dos escravos. Ao deslocar esse marco para o Dia da Consciência Negra (20) o momento passou a representar o verdadeiro sentido dos seus protagonistas: elegendo o negro, sua resistência, luta e história.
No dia de hoje o ODEERE finaliza mais uma semana de discussões voltadas para a temática através do V CBPN e dos eventos correlatos. As atividades ocorreram durante manhã e tarde, pela noite ocorrerá o fechamento dos eventos.
Também pela manhã os professores, líderes de movimentos negros da Bahia e os organizadores do eventos conderam uma entrevista temática na Rádio Povo AM. Na oportunidade a jornalista Juciara Oliveira esteve entrevistando os Professores: Edson Ferreira (UEFS), Marluce Macedo (presidente da APNB), Nilo Rosa (coordenador do MNU), Vânia Oliveira (coordenadora de cultura da UESB), Antonio Argolo (coordenador da Extensão do ODEERE) e Leda Ornelas (UFBA).
A entrevista de hoje foi iniciada desde ontem quando o jornalista Sérgio Monteiro, da Rádio Povo AM, esteve presente na UESB com flashes ao vivo sobre o V CBPN. Na oportunidade o cineasta jequieense Antonio Olavo também falou à Rádio Povo sobre a sua vinda a Jequié. Inclusive, destacando o recente lançamento no congresso do seu último vídeo documentário "A cor do trabalho".








quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Olavo lança "A cor do trabalho" em Jequié

Hoje à noite (18/11), às 18h, o jequieense Antonio Olavo estará no espaço do V CBPN lançando seu mais novo documentário “A Cor do Trabalho”. A apresentação é gratuita e acontecerá no Auditório Wally Salomão da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).
De acordo com Olavo, A Cor do Trabalho registra como a união entre a solidariedade e o trabalho constituiu uma força com o poder de transformar histórias e vidas da população negra na Bahia. Positivando suas vivências, superando as adversidades, servindo de exemplos e referências para as gerações posteriores.
Ao registrar experiências vitoriosas de negros e negras, que ao longo dos séculos romperam com o estigma do preconceito racial, e tiveram êxito no seu trabalho, o documentário realça o lugar especial do conhecimento, da família, da comunidade, das redes de parentesco biológico ou espiritual, da mulher, provedora Mãe.
Produzido pela Portfolium Laboratório de Imagens, este documentário é uma realização da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE. Faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas, entre as quais o recente Edital de Apoio à Economia Solidária de Matriz Africana, cujo objetivo é fortalecer uma política de valorização permanente das raízes históricas do povo negro, nos aspectos sociais, econômicos, culturais, étnicos, religiosos e políticos.
A Cor do Trabalho não tem cunho comercial. Suas exibições sempre terão acesso livre ao público e suas cópias serão distribuídas, como doação, para bibliotecas, instituições públicas culturais, entidades negras e todas as escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Rede Pública Estadual da Bahia.
Olavo é um dos convidados que prestigiam, todos os anos, os eventos realizados pelo ODEERE/UESB. Além da vasta experiência visual na TV Globo e vários documentários premiados até no exterior, sua participação em Jequié só faz acrescentar pela simplicidade e grandiosidade que o seu trabalho representa.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Solenidade de abertura do V CBPN

Começou pela manhã de ontem (16/11), no Hall da Biblioteca da UESB, e permanece durante todo o dia, o credenciamento de participantes do V CBPN.
Já no período da tarde aconteceu a primeira etapa de minicursos inscritos no evento. São mais de 30 minicursos e oficinas que serão realizadas ao longo do evento.
Às 19:00, ocorreu a conferência de abertura no Centro de Cultura ACM. A mesa foi composta pelo Secretário de Educação de Jequié, representantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, representantes da UESB, representante da PROEX, Profa. Marise de Santana (ODEERE/UESB) e Profa. Marluce Macedo (Presidente da APNB).

Confira as demais apresentações que segue a programação:
- Espetáculo de dança “Ara-itan” (Curso de dança UESB)
- Conferência de Abertura - Profª. Drª. Suzana Maria Coelho Martins (UFBA)
- Apresentação musical “Cantando Nossas Raízes” - Mateus Aleluia
Amanhã (18/11) teremos uma manhã repleta de vários Grupos de Trabalhos (GTs) e pela tarde mais minicursos. Também destacamos a presença dos demais diretores da APNB, que participaram de uma tarde de trabalhos na sede do ODEERE.
Confira a programação completa no site do evento, ainda há tempo para participar.




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

V CBPN inicia credenciamento de congressistas

A UESB, Campus de Jequié, começou a segunda-feira numa manhã bastante movimentada. Está começando a chegar os primeiros congressistas para participar do V CBPN. O evento começou a fase de credenciamento e pode ser feito até terça-feira (17) pela manhã, hall da Biblioteca Jorge Amado. 

Os organizadores esperam receber pesquisadores baianos, de vários Estados brasileiros e até do exterior para debater e apresentar seu trabalhos de pesquisa que tem como epígrafe "Produções Culturais Afro-brasileiras e diversidade: Territorialidade, Histórias e Saberes".

O V CBPN vai até sexta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra. 

domingo, 15 de novembro de 2015

Falta apenas 1 dia para o início do V CBPN

Começa segunda-feira (16/11) o V CBPN – Congresso Baiano de Pesquisadores Negros, um evento organizado pelo ODEERE – Órgão de Educação e Relações Étnicas e pela APNB – Associação Baiana de Pesquisadores Negros. A intensão é reunir pesquisadores de toda a Bahia e também de várias regiões do país, bem como professores, estudantes, movimentos negros e pessoas da comunidade.

O congresso coincide com as tradicionais atividades do ODEERE/UESB, realizadas nos dias 16 a 20/11: X Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira, IV Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas & o II Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade.

A abertura oficial está marcada para a noite, 18:30, no Centro de Cultura ACM, e terá a participação musical com Mateus Aleluia, componente do antigo grupo “Os Tincoãs”. Nos demais dias as atividades prosseguirão com GTs, palestras, oficinas, minicursos, mostras de fotografias/vídeos, lançamento de livros, apresentações artísticas, etc.

Por que Jequié foi escolhido para sediar o V CBPN
Para a Profa. Marluce Macedo (presidente da APNB), a realização do V CBPN em Jequié representa mais um esforço de ampliação dos diálogos e das parcerias realizadas pela APNB, com pesquisadoras/es sobre temáticas negras, com as Universidades e outras Instituições interessadas nas problemáticas étnico-raciais. Neste sentido, a presença da UESB e mais particularmente a ação do ODEERE foi fundamental para que o congresso aconteça nesta cidade, já que se encontra instaurada uma tradição de pesquisa sobre as populações negras e de ações efetivas que alargam o resultado destas pesquisas para além dos muros da universidade.

A escolha da cidade para sediar este congresso, deve-se ainda a presença de intelectuais/pesquisadores(as) negros(as), comprometidos e participantes da APNB, em consonância com o objetivo desta Associação de reunir pesquisas e estudos sobre as trajetórias histórico-culturais das populações negras nas diversas regiões desse estado, interiorizando a sua ação política/acadêmica, conforme rege o seu estatuto.

Expectativa da APNB sobre o congresso
Ampliar o diálogo entre pesquisadores e instituições de pesquisas da Bahia, bem como com os Movimentos Negros de forma geral que atuam no campo de debate sobre as relações etnicorraciais, a partir de ações intercomunicativas com diferentes lugares, instituições e sujeitos que conformam o cenário da pesquisa sobre as populações negras.

A expectativa é reunir pesquisadores(as) negros(as), de diferentes áreas de conhecimentos, de diferentes regiões da Bahia e outros lugares, realizando um importante Congresso, que visa dar visibilidade e intercambiar os conhecimentos produzidos por estes(as), buscando ampliar os espaços para o debate de suas pesquisas, propostas e reivindicações. Também objetiva ampliar um debate que fortaleça a luta contra as desigualdades raciais a nível local e regional, na perspectiva do crescimento e atendimento das nossas demandas no fazer cotidiano das instituições de ensino da região.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Jequié sediará Congresso Baiano de Pesquisadores Negros, segunda-feira 16/11

Mateus Aleluia, do antigo grupo "Os Tincoãs", será a atração
de abertura do V CBPN - Foto: Antonio Argolo (2012)
Está chegando o Dia da Consciência Negra. A data é celebrada em todo o país em 20 de novembro, marcando assim as reflexões sobre a morte de Zumbi dos Palmares e o fortalecimento da consciência sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Em Jequié essas celebrações são realizadas pelo ODEERE - Órgão de Educação e Relações Étnicas na UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, entre os dias 16 a 20 de novembro.
Neste ano o ODEERE está realizando a tradicional Semana de Educação da Pertença Afro-brasileira (que já completa sua 11ª edição) e sediando o V Congresso Baiano de Pesquisadores Negros. Também estarão acontecendo nesse período o IV Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas e o II Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade com o tema “Produções Culturais Afro-Brasileiras e Diversidade: territorialidades, histórias e saberes”.
A parceria entre o ODEERE e a APNB – Associação Baiana de Pesquisadores Negros tem sido importante ao promover o V CBPN. Permitindo a reunião de vários pesquisadores, professores e alunos da Bahia e de outros Estados brasileiros, bem como as pessoas da comunidade que são interessadas pela temática.
Os eventos começam na segunda-feira (16/11) a partir das 8:30 da manhã e a abertura oficial terá início às 18:00 no Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães, com a apresentação musical de Mateus Aleluia.
A programação prossegue nos demais dias até sexta-feira (20/11) e incluirá palestras, Grupos de Trabalhos (GTs), conferências, minicursos, oficinas, mostras de fotografia/vídeo e apresentação artísticas. Nossa intenção é dar visibilidade às pesquisas, estimular a produção e divulgação de novos estudos que contribuam para promover as discussões sobre relações étnicas e raciais entre universidade e comunidade.
As inscrições estão abertas para toda a comunidade através do site V CBPN e também na sede do ODEERE, em Jequié, até o dia 16 de novembro.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ONG apresenta I Encontro Formativo do Fórum Baiano LGBT em Jequié

Na próxima sexta-feira (16/10) estará acontecendo em Jequié o I Encontro Formativo do Fórum Baiano LGBT. O evento é organizado pelos coordenadores da ONGLGBTSol, Pabulo Mendes (Presidente da ONG) e o Prof. Dr. Marcos (Coordenador do Grupo e do Núcleo de Pesquisa).
O encontro acontecerá no ODEERE/UESB durante todo o dia, as inscrições e credenciamentos podem ser feitos no local: Rua Francisco Rosa, s/n.º, Pau Ferro, Jequié.
Para mais informações mande um e-mail para lgbtsol@gmail.com

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ODEERE/UESB abre inscrições para novos cursos de Extensão

Estão abertas as inscrições para dois novos cursos de Extensão do ODEERE/ UESB, Campus de Jequié. Ao todo, foram disponibilizadas 200 vagas (100 em cada curso), com duração de 120 horas a serem distribuídas em cinco módulos mensais.
O Curso de Extensão em Educação Quilombola terá início no dia 28 de agosto (sexta-feira), às 08:00, e tem como objetivo desenvolver estudos sobre a história cultural de populações quilombolas e afro-brasileiras através das disciplinas: Antropologia das populações Afro-brasileiras; Remanescentes de quilombos: memórias, mitos, diversidade étnica, simbolismos e fronteiras; entre outras. Nesse curso, a maioria dos módulos será ministrada no Colégio Estadual Dr. Milton Santos (Escola Quilombola), bairro Joaquim Romão.
Já o Curso de Extensão em Educação e Culturas Indígenas iniciará dia 25 de setembro até dia 27 – celebração do caruru. O seu objetivo é desenvolver conhecimentos sobre a História e Cultura dos povos indígenas através das disciplinas: Antropologia das Populações Afro-brasileiras; Histórias e Culturas Indígenas no Brasil e na Bahia; entre outras.
Todos os cursistas participarão das atividades promovidas pelo ODEERE: V CBPN - Congresso Baiano de Pesquisadores Negros, Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas, a Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira e o Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade. Esses eventos acontecerão entre 16 a 20 de novembro de 2015.
As inscrições para os cursos podem ser feitas de segunda a sexta, em horário comercial, no ODEERE, Rua João Rosa, S/N.º, Pau Ferro/Jequié (antigo Colégio Dom Climério de Andrade) e também na sala do ODEERE, localizada no Centro de Aperfeiçoamento Profissional da UESB.
Os interessados de outras cidades deverão acessar o link da UESB, preencher a ficha de inscrição (curso 1 e curso 2) e encaminhá-la para o e-mail em destaque. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (73)3526-2669 ou e-mail odeere@uesb.edu.br.

sábado, 15 de agosto de 2015

Coordenadores da Extensão do ODEERE participam da solenidade dos Projetos Estruturantes no Maria José

O Colégio Estadual Maria José de Lima Silveira, participou na noite de sexta-feira (14/08) da primeira etapa de apresentação dos Projetos Estruturantes. Os projetos referidos englobam uma série de propostas que têm como objetivo implementar as políticas educacionais, levando em conta as produções intelectuais realizadas pelos próprios alunos e seu desempenho no processo de aprendizagem.
Nesse sentido, os estudantes do Colégio Maria José tiveram uma noite muito produtiva nas apresentações musicais, poesia, danças, arte plástica, artes visuais e levantamento de informações sobre dois importantes patrimônios culturais de Jequié: o ODEERE/UESB e o grupo de reisado Pastorinhas.
De acordo com a Professora e Diretora Maria Aparecida, a realização do projeto foi muito importante para a comunidade, pois envolveu alunos e professores a construir um conhecimento no qual todos são protagonistas. As apresentações contaram com uma mesa de jurados, que vai indicar as melhores performances para apresentação com as demais escolas do município na antiga DIREC 13.
O ODEERE/UESB esteve presente na solenidade através dos professores Antonio Argolo e Idália Lino - Coordenadores dos cursos de Extensão 2015. Saímos de lá muito felizes com as apresentações e criações. Em nome do ODEERE/UESB parabenizamos aos professores a alunos pelo trabalho, até porque também compartilhamos da mesma iniciativa. Entendemos que a educação começa a ser construída pela capacidade de produção de um conhecimento a partir da nossa própria realidade.






quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Participe do caruru do ODEERE

Os festejos do caruru são realizados há 10 anos pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas – ODEERE/UESB. O evento é importante para o resgate das tradições afro-brasileiras em Jequié e região. Também visa atender às atividades práticas dos cursos de Extensão e do Mestrado, que são ministradas através das oficinas de comidas típicas, decoração e aula sobre os símbolos do caruru.

As atividades do caruru não são religiosas, mas culturais. Nossa maior gratidão é quando chega à hora da festa. Ao som dos tambores, alunos e professores se reúnem para servir o caruru à comunidade.

Convidamos toda a comunidade para participar de tradicional caruru do ODEERE. Vai ser realizado no dia 27/092/015, às 15 horas, Rua João Rosa s/n.º, Pau Ferro, Jequié-BA.


O caruru é servido gratuitamente, mas caso queira contribuir as doações podem ser entregues no ODEERE (endereço acima) ou na sala do ODEERE/CAP-UESB. Tel.: (73)3526-2669.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Inscrições de trabalhos para o V CBPN encerram na sexta-feira (31/07)

Atenção: serão encerradas na sexta-feira (31/07), as inscrições para “apresentação de trabalhos” no V CBPN – Congresso Baiano dos Pesquisadores Negros. No entanto, as inscrições para ouvintes continuam abertas até o início do evento.

O congresso será realizado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, entre 16 e 20/11/2015. E tem como tema “Produções culturais Afro-Brasileiras e diversidade: territorialidades, histórias e saberes”.

É a primeira vez que o CBPN acontecerá em Jequié. Ele será articulado com o IV Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas, a XI Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira e o II Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade, eventos organizados pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas – ODEERE/UESB.

A parceria se apresenta como uma oportunidade ímpar ao reunir vários pesquisadores, docentes e discentes da Bahia e de outros Estados brasileiros, bem como, as pessoas interessadas pela temática.

Desde a sua primeira edição, o CBPN tem buscado atingir vários objetivos: promover intercâmbios sobre as experiências de pesquisas; tomar posições que implementem ações de participações efetivas nos debates sobre assuntos relacionados à africanidade e questões raciais; inventariar as áreas e temas de interesse dos pesquisadores negros; criar estratégias com vistas a buscar apoio e convênio com as instituições de fomento nacionais e internacionais; propor mecanismos de divulgação de resultados das pesquisas concluídas e em andamento; apresentar e participar de projetos e atividades de Programas de Graduação e de Pós-Graduação, que visem  contribuir para a implementação da Lei 10.639; fomentar o intercâmbio com instituições que estão discutindo temas ligados aos interesses das populações negras.

A programação dos eventos incluirá palestras, conferências, minicursos, oficinas, mostras de fotografia/vídeo e apresentação artísticas.

Nossa intenção é dar visibilidade às pesquisas, estimular a produção e divulgação de novos estudos que contribuam para promover o intercâmbio entre universidade e comunidade. Também garantir a ampliação de espaços para debate das investigações, propostas e reivindicações que possam contribuir para as reflexões sobre as diretrizes Curriculares Nacionais voltadas ao ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras.


Clique neste link do site do V CBPN e faça a sua inscrição para apresentação de trabalhos até sexta-feira (31/07).

segunda-feira, 20 de julho de 2015

ODEERE recebe bolsista do Pós Doc e propõe novo curso de Extensão

Da esquerda para a direita: Profa. Dra. Marise (Coordenadora do PPGREC),
Profa. Dra. Edilene Machado (bolsista do Pós Doc), Prof. José Luiz,
Prof. Ms. Antonio Argolo e a Prof. Esp. Idalia (Coordenadores da Extensão).
Foto: Diego Brito.
O ODEERE/UESB recebeu mais uma nova integrante para atuar nas atividades docentes e nas pesquisas da instituição. Estamos falando da Profa. Dra. Edilene Machado Pereira, recém-chegada através do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC) para desenvolver seu Pós Doc, sob a coordenação da Profa. Dra. Marise de Santana.

Formada em Ciências Sociais – Antropologia e Sociologia, pela UNESP, PUS/SP e UNEB, a Profa. Dra. Edilene possui um currículo voltado aos estudos e às atividades docentes sobre o negro/negra na sociedade atual. Essas atividades contemplam suas experiências e passagens por várias instituições brasileiras e no exterior.

Em reunião com os coordenadores da Extensão 2015 a Profa. Dra. Marise, reforçou a importância da bolsista do Pós Doc para o fortalecimento das atividades do ODEERE. A Profa. Edilene ainda traz como proposta uma disciplina no PPGREC e um novo curso de extensão em Educação Quilombola.

De acordo com a Profa. Marise a proposta de Educação Quilombola é diferente dos cursos já oferecidos pelo ODEERE, pois atende as discussões sobre as Relações Étnicas em espaços remanescentes. O curso é voltado aos professores e à comunidade, terá duração de 120 horas e começará a primeira turma no final de agosto, apenas um encontro no fim de semana.

Também foi discutida sobre a possível retomada do curso de Educação e Cultura Indígena. O retorno depende de um pesquisador da área, que vai atuar no PPGREC neste segundo semestre.


Por enquanto estamos aguardando sair o edital dos cursos para a divulgação das inscrições. Fiquem atentos.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ODEERE e órgãos correlatos emitem carta aberta contestando a igreja católica sobre a inclusão de gênero no PME de Jequié

O Órgão de Educação e Relações Étnicas - ODEERE; a ONG LGBTSol; o Núcleo de Estudos em Gênero e Educação Sexual; e o Grupo de Estudo e Pesquisa em Gênero e Diversidade Sexual escrevem carta aberta em prol da inclusão dos temas pedagógicos sobre sexualidade no Plano Municipal de Educação (PME) a ser votado pela Câmara Municipal de Vereadores.
Quem assina a carta é o Prof. Dr. Marcos Lopes. Ele inicia sua fala baseada na literatura vigente para contestar o posicionamento do Bispo da Diocese de Jequié em enviar recomendação aos vereadores visando vetar o projeto, pois no entendimento da igreja católica o PME é considerado ideológico à formação do pensamento social.
Confirma texto da carta aberta à Comunidade e Câmara Municipal de Vereadores. Querendo, leia mais sobre o caso no link do Gicult.






quinta-feira, 9 de abril de 2015

V CBPN abre inscrições para apresentação de trabalhos

Já estão abertas, e vão até dia 28/06, as inscrições para apresentação de trabalhos no V CBPN – Congresso Baiano dos Pesquisadores Negros.

O evento acontecerá na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus de Jequié, entre 16 e 20/11/2015. E tem como tema “Produções culturais Afro-Brasileiras e diversidade: territorialidades, histórias e saberes”.

Essa é a primeira vez que o CBPN acontece em Jequié e será articulado com o IV Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas, a XI Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira e o II Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade, já organizados pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas – ODEERE/UESB.

A parceria se apresenta como uma oportunidade ímpar ao reunir vários pesquisadores, docentes e discentes da Bahia e de outros Estados brasileiros, bem como, as pessoas interessadas pela temática.

Desde a sua primeira edição, o CBPN tem buscado atingir vários objetivos: promover intercâmbios sobre as experiências de pesquisas; tomar posições que implementem ações de participações efetivas nos debates sobre assuntos relacionados à africanidade e questões raciais; inventariar as áreas e temas de interesse dos pesquisadores negros; criar estratégias com vistas a buscar apoio e convênio com as instituições de fomento nacionais e internacionais; propor mecanismos de divulgação de resultados das pesquisas concluídas e em andamento; apresentar e participar de projetos e atividades de Programas de Graduação e de Pós-Graduação, que visem  contribuir para a implementação da Lei 10.639; fomentar o intercâmbio com instituições que estão discutindo temas ligados aos interesses das populações negras.

A programação dos eventos incluirá palestras, conferências, minicursos, oficinas, mostras de fotografia/vídeo e apresentação artísticas.
Nossa intenção é dar visibilidade às pesquisas, estimular a produção e divulgação de novos estudos que contribuam para promover o intercâmbio entre universidade e comunidade. Também garantir a ampliação de espaços para debate das investigações, propostas e reivindicações que possam contribuir para as reflexões sobre as diretrizes Curriculares Nacionais voltadas ao ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras.

Acesse o site e leia mais sobre o V CBPN, as normas para apresentação de trabalhos, prazos para inscrição, Grupos de Trabalhos (GTs), informações sobre a cidade de Jequié, entrou outros assuntos. Site: 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Odeere abre Dia de Combate à Discriminação Racial com lançamento de livro


No fim da semana passada (20-22/03) começaram as atividades letivas do ODEERE/UESB - abertura da segunda turma do Mestrado (PPGREC) e dos cursos de Extensão 2015. Renovamos nossa luta marcada pela celebração do Dia de Combate à Discriminação Racial, que já acontece há uma década.
A abertura iniciou com uma palestra da Profa. Raquel Souza (UFBA), abordando leituras visuais a partir das fotografias negras e expressões anarquistas. Logo em seguida tivemos a certificação dos egressos dos cursos de Extensão 2014 e a continuidade do módulo de Linguagens Visuais e Cultura.
Também marcou esse encontro o lançamento do livro "ODEERE: formação docente, linguagens visuais e legado africano no sudoeste baiano".
O livro conta a história da população afro-brasileira. E, sobretudo, a história do ODEERE e como ele tem sido importante para dar visualidade ao negro e ampliar as discussões e positivação da identidade sociocultural dessa população em nossa região.
Essa literatura foi selecionada pelo edital de publicação da Editora UESB e possui textos de quatro professores/pesquisadores, sendo que dois deles são naturais de Jequié. O lançamento é um marco na memória do ODEERE por ser o primeiro livro publicado a partir das pesquisas realizadas nesse órgão.
O livro está à venda no ODEERE, nas Editoras UESB e Cultura, veja link.

quarta-feira, 18 de março de 2015

O Odeere e a Editora Uesb convidam a comunidade para lançamento de livro

Neste fim de semana o Odeere/Uesb apresenta uma vasta programação dedicada ao XI Encontro do Dia de Combate à Discriminação Racial.

O Odeere/Uesb e a Editora Uesb aproveitam e convidam a comunidade para o lançamento do livro “Odeere: formação docente, linguagens visuais e e legado africano no sudoeste baiano”.

O livro, publicado pela Editora Uesb, foi produzido por quatro professores/pesquisadores a partir de textos que relatam a presença africana em Jequié e na região Sudoeste. E também as ações visuais desenvolvidas pela linha de pesquisa "Linguagens Visuais e Cultura" nos cursos de Extensão em História e Cultura Afro-Brasileira no Odeere, turma 2010.

O lançamento, com manhã de autógrafos, acontecerá no sábado dia 21/03, às 08:00 no auditório no prédio do Odeere/Uesb.

Veja a programação completa das atividades, que começarão nessa sexta-feira, às 18:00:

- Sexta-feira, 20/03 (18:00~22:00) aula dos cursos de Extensão. Local: Odeere;
- Sábado, 21/03 (08:00~12:00) no Odeere – entrega de certificados, aula inaugural do mestrado, lançamento do livros dos professores do Odeere;
- Sábado, 21/03 (14:00~16:00) no Odeere – continuidade da aula dos cursos de Extensão;
- Sábado, 21/03 (às 16:00) no Odeere - reunião ampliada com a comissão do V CBPN;
- Domingo, 22/03 (08 às 12:00-14 às 18:00) Odeere - conclusão das aulas dos cursos de Extensão;

segunda-feira, 2 de março de 2015

Abertas inscrições para a Extensão 2015

O ODEERE - UESB, Campus de Jequié, está com inscrições abertas para três cursos de extensão: "Educação e Culturas Afro-brasileiras"; "Didática para o Ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras" e “Gênero, Raça e Diversidade Sexual”. Serão disponibilizadas 100 vagas para cada curso. Eles terão uma carga horária de 180 horas, cada, e estão programados para começar no dia 20/03, celebração do XI Encontro de Combate à discriminação Étnica. Na oportunidade, acontecerá a abertura das atividades da extensão 2015 e o cerimonial de entrega de certificados aos egressos da turma 2014; dia 21 e 22/03 continuação com as aulas do 1º módulo dos cursos – Linguagens Visuais e Cultura.

Sobre os cursos:
“Educação e Culturas Afro-brasileiras” terá dez etapas e aulas mensais e concluirá com uma viagem de campo. O objetivo é desenvolver estudos sobre a história e cultura das populações africanas e afro-brasileiras. Algumas das disciplinas oferecidas são: Antropologia das populações Afro-brasileiras, Linguagens Visuais e Cultura, Diversidade linguística dos grupos étnicos africanos, entre outras.

“Didática para o Ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras” será ministrado em nove etapas, com aulas mensais. Tem por objetivo desenvolver entre os participantes, atividades didático-metodológicas que contribuam para a melhoria e a profissionalização do processo ensino-aprendizagem de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras. O público-alvo são professores e pesquisadores, cujo requisito é já ter concluído o curso de extensão em Educação e Culturas Afro-brasileiras. 

“Gênero, Raça e Diversidade Sexual” vai ser oferecido em parceria com o Núcleo de Estudos em Diversidade de Gênero e Sexual. O referido curso apresentará e discutirá sobre as interfaces entre gênero, raça e sexualidade considerando os processos normativos e normalizadores que produzem as diferenças e também as discriminações. Serão tratadas temáticas como mulheres negras; artefatos culturais e as produções de gênero e sexualidade; transgeneridade; masculinidades e feminilidades; homossexualidades, bissexualidade e relações étnico-raciais; intersexualidade; sexismo, racismo e lesbo-homo-bi-transfobia. É intuito também compreender os processos de violência que acometem as mulheres e a comunidade LGBTTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) e desenvolver intervenções a fim de garantir o reconhecimento dos direitos humanos dessa comunidade.

Os alunos dos três cursos promovidos pelo ODEERE terão participação na “XI Semana de Educação da Pertença Afro-brasileira”, que acontecerá de 16 a 20 de novembro deste ano.

Mais informações:
Telefone (73) 3526-2669 ou pelo e-mail odeere@uesb.edu.br. As inscrições estão sendo feitas até o dia 20/03/2015 na sede do ODEERE: Rua João Rosa, S/N, Pau Ferro/Jequié (Antigo Colégio Dom Climério de Andrade), como também na sala do ODEERE/CAP-UESB. O horário de atendimento é de 08 às 13 horas e de 14 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Os interessados de outras cidades deverão preencher a ficha de inscrição e encaminhá-la (anexada) para o e-mail do ODEERE.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A FICHA DE INSCRIÇÃO.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Odeere conclui curso de extensão indígena na comunidade Tupinambá

Katu pituna! Esta é a forma como os indígenas Tupinambás das aldeias de Olivença (Ilhéus) desejam “boa noite”.
A etnia Tupinambá foi dada como extinta desde o século XVII, o processo de colonização e a disputa de terra pelos coronéis contribuíram para a dispersão e negação da identidade por essa população. A partir de 2002 os Tupinambás foram reconhecidos pela Funai, pesquisas apontam 3.700 índios cadastrados e residindo em 23 aldeias na região de Olivença.
Aula de campo da Extensão do Odeere/Uesb,
com o Prof. Atã na Aldeia Gwarini Taba Atã 
Entre os dias 5 a 8/02, o Órgão de Educação e Relações Étnicas (Odeere/Uesb) esteve participando de uma pesquisa de campo (turma 2014) na comunidade Tupinambá. A proposta faz parte do curso de extensão em Educação e Culturas Indígenas, que o Odeere oferece desde 2013. Nosso objetivo é qualificar professores da educação básica e fundamental, bem como estudantes e pesquisadores que se interessam pela discussão da Lei n.º 11.645/2008.
A legislação citada torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena na educação pública e privada. Abordar esse conteúdo curricular é importante para o resgate histórico-cultural. E também minimizar os impactos sofridos pelas populações afro-descentes e indígenas ao longo da história brasileira.
Em Jequié já não há remanescentes indígenas... Nossos estudos apontam que a situação indígena na Bahia tem sido preocupante, devido à disputa de terras pelos fazendeiros e interessados no comércio imobiliário. De acordo com o Prof. Katu Tupinambá (ministrante do curso de extensão) esses conflitos são intensos na região de Olivença. O índio Tupinambá não luta pelo valor econômico da terra, mas pela legitimidade de garantir seu território e identidade construída nesses espaços.
Nossa visita a esses espaços foi enriquecedora. Coordenadores e alunos da extensão visitaram os marcos históricos e as aldeias com os professores Katu, Atã e comunidade indígena. Abrimos a aula de campo na Praia do Cururupe, onde ocorreu o massacre indígena (1959) e a resistência mediada pelo Caboclo Marcelino. Visitamos a Igreja das Escadas, local de educação jesuíta, onde ainda acontecem as tradições culturais indígenas.
Depois das rodas de conversas e da aula teoria conceitual, com os professores Tupinambás, no Centro Cultural de Olivença, fomos à aldeia Gwarini Taba Atã. Fechamos as atividades do dia com a trilha e visita de reconhecimento da aldeia e população. Também não faltou um tipo de bebida indígena, à base de mandioca, conhecida como “Giroba”. À noite participamos do Porancy - ritual numa das comunidades à beira mar, marcado pela dança típica e roda de conversa.
As apresentações culturais renovaram nossas energias para o dia seguinte. Os alunos visitaram a aldeia Itapoãn da Cacique Valdelice. Também apresentaram suas conclusões sobre a realidade indígena durante aula, que aconteceu no Colégio Indígena Tupinambá, retomada. As apresentações contribuirão para conhecermos a proposta pedagógica da escola. Sobretudo, porque motivou os cursistas na construção de estratégias destinadas à docência do currículo indígena nas escolas ondem atuam.
Verificamos que as comunidades Tupinambás são carentes de atenção do governo e da sociedade, principalmente no que se refere ao respeito e acesso aos direitos garantidos por lei. Sobrevivem da pesca, agricultura familiar e venda de artesanatos. Preservam uma cultura tradicional, que é repassada pelos mais velhos. Com a criação da Lei 11.645 novas portas se abrem para a expansão dessas comunidades. Inclusive pela contribuição de vários indígenas que concluem cursos superiores e aplicam seus conhecimentos nas aldeias.
O Odeere da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) acredita na importância das propostas de extensão, pois visam aproximar os docentes da realidade indígena. O amparo jurídico é imprescindível nessa discussão. Entretanto, sem estudo voltado ao contato com a realidade dessas populações torna-se difícil construirmos uma educação inclusiva, que contemple a luta pela dignidade do índio.
VEJA MAIS IMAGENS DO ÁLBUM, CLIQUE AQUI.

Cursistas da Extensão em Educação e Cultura Indígena
Parque do Centro Cultural de Olivença - Ilhéus

Prof. Katu Tupinambá abrindo a aula de campo às margens do
Rio Currurupe, onde ocorreu o massacre indígena de 1959

Indígenas e cursistas participam do ritual Porancy - Olivença

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015


Crime e preconceito: mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos



A roupa branca no varal era o único indício da religião da filha de santo, que, até 2010, morava no Morro do Amor, no Complexo do Lins. Iniciada no candomblé em 2005, ela logo soube que deveria esconder sua fé: os traficantes da favela, frequentadores de igrejas evangélicas, não toleravam a “macumba”. Terreiros, roupas brancas e adereços que denunciassem a crença já haviam sido proibidos, há pelo menos cinco anos, em todo o morro. Por isso, ela saía da favela rumo a seu terreiro, na Zona Oeste, sempre com roupas comuns. O vestido branco ia na bolsa. Um dia, por descuido, deixou a “roupa de santo” no varal. Na semana seguinte, saía da favela, expulsa pelos bandidos, para não mais voltar.
— Não dava mais para suportar as ameaças. Lá, ser do candomblé é proibido. Não existem mais terreiros e quem pratica a religião, o faz de modo clandestino — conta a filha de santo, que se mudou para a Zona Oeste.
A situação da mulher não é um ponto fora da curva: já há registros na Associação de Proteção dos Amigos e Adeptos do Culto Afro Brasileiro e Espírita de pelo menos 40 pais e mães de santo expulsos de favelas da Zona Norte pelo tráfico. Em alguns locais, como no Lins e na Serrinha, em Madureira, além do fechamento dos terreiros também foi determinada a proibição do uso de colares afro e roupas brancas. De acordo com quatro pais de santo ouvidos pelo EXTRA, que passaram pela situação, o motivo das expulsões é o mesmo: a conversão dos chefes do tráfico a denominações evangélicas.

Atabaques proibidos na Pavuna

A intolerância religiosa não é exclusividade de uma facção criminosa. Distante 13km do Lins e ocupada por um grupo rival, o Parque Colúmbia, na Pavuna, convive com a mesma realidade: a expulsão dos terreiros, acompanhados de perto pelo crescimento de igrejas evangélicas. Desinformada sobre as “regras locais”, uma mãe de santo tentou fundar, ali, seu terreiro. Logo, recebeu a visita do presidente da associação de moradores que a alertou: atabaques e despachos eram proibidos ali.
—Tive que sair fugida, porque tentei permanecer, só com consultas. Eles não gostaram — afirma.
A situação já é do conhecimento de pelo menos um órgão do governo: o Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), empossado pelo próprio governador. O presidente do órgão, Roberto dos Santos, admite que já foram encaminhadas denúncias ao Cedine:
— Já temos informações desse tipo. Mas a intolerância armada só pode ser vencida com a chegada do estado a esses locais, com as UPPs.
O deputado estadual Átila Nunes (PSL) fez um pedido formal, na última sexta-feira, para que a Secretaria de Segurança investigue os casos.
— Não se trata de disputa religiosa mas, sim, econômica. Líderes evangélicos não querem perder parte de seus rebanhos para outras religiões, e fazem a cabeça dos bandidos — afirma.
Nas favelas, os ‘guerreiros de Deus’
Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico no Morro do Dendê, ostenta, no antebraço direito, a tatuagem com o nome de Jesus Cristo. Pela casa, Bíblias por todos os lados. Já em seus domínios, reina o preconceito: enquanto os muros da favela foram preenchidos por dizeres bíblicos, os dez terreiros que funcionavam no local deixaram de existir.
Guarabu passou a frequentar a Assembleia de Deus Ministério Monte Sinai em 2006 e se converteu. A partir daí, quem andasse de branco pela favela era “convidado a sair”. Os pais de santo que ainda vivem no local não praticam mais a religião.
A situação se repete na Serrinha, ocupada pela mesma facção. No último dia 22, bandidos passaram a madrugada cobrindo imagens de santos nos muros da favela. Sobre a tinta fresca, agora lê-se: “Só Jesus salva”.
O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), criada justamente após casos de intolerância contra religiões afro-brasileiras em 2006, afirma que os casos serão discutido pelo grupo, que vai pressionar o governo e o Ministério Público para que a segurança do locais seja garantida e os responsáveis pelo ato sejam punidos. “Essas pessoas são criminosas e devem ser punidas. Cercear a fé é crime”, diz o pai de santo.

Lei mais severa

Desde novembro de 2008, a Polícia Civil considera como crimes inafiançáveis invasões a templos e agressões a religiosos de qualquer credo a Lei Caó. A partir de então, passou a vigorar no sistema das delegacias do estado a Lei 7.716/89, que determina que crimes de intolerância religiosa passem a ser respondidos em Varas Criminais e não mais nos Juizados Especiais. Atualmente, o crime não prescreve e a pena vai de um a três anos de detenção.
Filha de santo, que foi expulsa do Lins: ‘Não suportava mais fingir ser o que não era’.
— Me iniciei no candomblé em 2005. A partir de minha iniciação, comecei a ter problemas com os traficantes do Complexo do Lins. Quando cheguei à favela de cabeça raspada, por conta da iniciação, eles viravam o rosto quando eu passava. Com o tempo, as demostrações de intolerância aumentaram. Quando saía da favela vestida de branco, para ir ao terreiro que frequento, eles reclamavam. Um dia, um deles veio até a minha casa e disse que eu estava proibida de circular pela favela com aquelas “roupas do demônio”. As ameaças chegaram ao ponto de proibirem que eu pendurasse as roupas brancas no varal. Se eu desrespeitasse, seria expulsa de lá. No fim de 2010, dei um basta nisso. Não suportava mais fingir ser o que eu não era e saí de lá.
Mãe de santo há 30 anos, expulsa da Pavuna: ‘Disseram que quem mandava ali era o ‘Exército de Jesus”.
— Comprei, em 2009, um terreno no Parque Colúmbia, na Pavuna. No local,. não havia nada. Mas eu queria fundar um terreiro ali e comecei a construir. No início, só fazia consulta, jogava búzios e recebia pessoas. Não fazia festas nem sessões. Não andava de branco pelas ruas nem tocava atabaque, para não chamar a atenção. Um dia, o presidente da associação de moradores foi até o local e disse que o tráfico havia ordenado que eu parasse com a “macumba”. Ali, quem mandava na época era a facção de Acari. Já era mais de santo há 30 anos e não acreditei naquilo. Fui até a boca de fumo tentar argumentar. Dei de cara com vários bandidos com fuzis, que disseram que ali quem mandava era o “Exército de Jesus”. Disse que tinha acabado de comprar o terreno e que não iria incomodar ninguém. Dias depois, cheguei ao terreiro e vi uma placa escrito “Vende-se” na porta — eles tomaram o terreno e o puseram a venda. Não podia fazer nada. Vendi o terreno o mais rapidamente possível por R$ 2 mil e fui arrumar outro lugar.

Leia a matéria completa em: Crime e preconceito: mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos - Geledés 
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