quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Morre o historiador baiano Ubiratan Castro


Faleceu hoje, aos 64 anos, o historiador e diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (BA), Ubiratan Castro de Araújo. Um dos maiores especialistas sobre a história da Bahia e a dinâmica da escravidão no Brasil, o professor sofria de um problema renal crônico e estava internado no Hospital Espanhol, em Salvador, desde o último mês de novembro.

Ex-diretor da Fundação Cultural Palmares, Castro foi responsável por projetos que colocaram o Brasil no cenário internacional no que diz respeito ao debate sobre a diáspora africana. Como a realização de encontros históricos e viagens junto a comitiva do então Presidente Lula à África, que marcaram uma guinada na política internacional brasileira em relação aos povos africanos.

O seu trabalho era conhecido tanto pelo meio acadêmico quanto por setores populares, o que o fazia ser considerado um "intelectual orgânico", sendo bastante requisitado para entrevistas e palestras públicas em escolas e comunidades. Em virtude de sua dedicação  pela comunidade negra, Castro recebeu, em 2012, a Comenda da Ordem Rio Branco. A medalha, criada em 1963, é a maior condecoração oferecida pelo país oferecida pelo Itamaraty.

Ubiratan Castro era Doutor em história pela Université Paris IV-Sorbonne. Além disso, era graduado também em história pela Universidade Católica do Salvador e Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Atuou também como um dos diretores do Centro de Estados Orientais da Bahia – CEAO e era membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33, cujo patrono é o poeta abolicionista Castro Alves. 

Em seu blog ainda é possível acompanhar os últimos textos publicados pelo escritor http://biragordo.blogspot.com.br/